1. Nem toda preta é baiana, e nem toda baiana é preta
Tive um professor que gostava de provocar em suas aulas de Antropologia. Para ele, quando alguém se refere a uma baiana, pode estar se referindo a um quase símbolo nacional: uma mulher de pele escura, que lava, passa e cozinha bem, que inspira sensualidade, e que tem um pé em terreiro de orixás. Ao contrário, quando se refere a baiano associa logo um ser preguiçoso, que gosta de passar o tempo na rede, faz trabalho malfeito, deixa tudo para depois, joga capoeira, dança o reggae do Marley e adora um beise. A visão primitiva de várias estruturas do pensar tem essa característica: resumir, rotular, generalizar, que aliás não condizem com o raciocínio humanista pós-moderno. Um amigo meu tem filhos louros nascidos na Bahia. Tive uma aluna baiana morena chocolate que odiava capoeira. Na faculdade a gente idolatrava uma professora de Filosofia, negra, linda e cheirosa, com cabelo de boneca, casada com um empresário holandês, e que mal s
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