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3. Bahia de Todos os Santos,... e Capetas!

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O “capeta” é uma instituição baiana. O guaraná prensado em barra, também. Porto Seguro, famosa pelas comidas baianas saborosas, artesanato, praias lindas, etc, parece ter inventado o “capeta”. As barracas de capeta, antes só na Passarela do Álcool, hoje estão em quase todo canto. Não espere encontrar “bebidas de qualidade” numa barraca de capeta! Quer estourar seu cartão de crédito com bebidas finas, ali realmente não é o lugar. Em meio aos uísques do Paraguai (país; porque lá tem um bairro com esse nome também), e bebidas “de nome”, mas batizadas, tem muita vodca vagabunda. O objetivo da receita do “capeta” é segurar o folião alegrinho na balada ou no Carnaval durante muitas horas sem ter sono, por causa do guaraná em pó. No fim das contas parece uma receita original, com jeito de invenção artesanal. Conheço muita gente que toma capeta e volta para dormir – o som maluco da balada da rua parece ribombar dentro da cabeça, e não é culpa do travesseiro. Para os que têm problema de pressão

2. No tabuleiro da baiana tem...

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       Se você é daqueles/daquelas de estômago e intestinos delicados continue dando toda atenção a isso, com bom acompanhamento profissional. Vamos torcer para que supere! Mesmo assim, venha. A Bahia não é apenas dendê gorduroso e pimenta forte com nomes abusados como “Rasga Cueca”. Se souber aonde ir e o que escolher vai, com certeza, saborear excelentes criações de renomados chefs da culinária internacional.            Se for da geração hambúrguer-batata frita-milkshake, que pena, vai perder a oportunidade de conhecer uma culinária original e saborosa de matriz afro-brasileira. Conhecer e saborear a culinária de outras culturas é um ato delicioso de distanciamento: é necessário se distanciar de si um pouco e exercitar a observação e o respeito pelo outro e seus valores. Seria surpresa se 100% dos turistas para a Bahia amassem de paixão o dendê e a pimenta malagueta (Oi, Gerson!).                                                                                                         

1. Nem toda preta é baiana, e nem toda baiana é preta

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                                                 Tive um professor que gostava de provocar em suas aulas de Antropologia. Para ele, quando alguém se refere a uma baiana, pode estar se referindo a um quase símbolo nacional: uma mulher de pele escura, que lava, passa e cozinha bem, que inspira sensualidade, e que tem um pé em terreiro de orixás. Ao contrário, quando se refere a baiano associa logo um ser preguiçoso, que gosta de passar o tempo na rede, faz trabalho malfeito, deixa tudo para depois, joga capoeira, dança o reggae do Marley e adora um beise. A visão primitiva de várias estruturas do pensar tem essa característica: resumir, rotular, generalizar, que aliás não condizem com o raciocínio humanista pós-moderno. Um amigo meu tem filhos louros nascidos na Bahia. Tive uma aluna baiana morena chocolate que odiava capoeira. Na faculdade a gente idolatrava uma professora de Filosofia, negra, linda e cheirosa, com cabelo de boneca, casada com um empresário holandês, e que mal s